sábado, 8 de maio de 2010

Prévias

Estou motivada a escrever mais novamente. Ou melhor, escrever mais eu tenho escrito, mas para fins acadêmicos, o que eu quero dizer é escrever assim, sem compromisso, para expôr as coisas que eu tenho pensado e vivido.
Tenho pensado sobre a concepção de felicidade que as pessoas tem e o medo de se comprometer com ela, tenho me apaixonado por assuntos que tangem a vida atípica - quando comparada com a nossa - que levam pessoas de sociedades menores, tenho me inspirado na arte indígena, tenho me dedicado mais aos meus desenhos. Espero poder, em breve, escrever um pouco sobre cada uma dessas coisas. Não será agora, mas talvez mais tarde, talvez outro dia.

Só queria dizer isso, e tirar um pouco da poeira que assentou aqui nos últimos meses.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tão pequena, tão pobre.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Eu por ela

Com toda a licença, eu só vou pôr esse trecho porque eu realmente adorei, assim como adorei muitas outras partes. Obrigada, Bá, você deve imaginar o quanto foi importante pra mim esse ano a conhecer, mas não vou me estender porque a sua vem logo mais.

"A Vanessa que se revelou, de aquele jeito meigo e quieto, da menina que ri alto, conta suas experiências desde seu sistema excretor até... sabe? Não tem pudores para demonstrar suas indignações, imita pessoas como ninguém e, acima de tudo, nunca sabe quando parar de cantar." B. Ariola

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Redação: Transcendendo os limites da vulgaridade

No conto "A teoria do medalhão" de Machado de Assis defende-se uma tese cujo objetivo é delimitar passos específicos para que uma pessoa se torne o que pode ser compreendido como "medalhão" - aquele que se limita à vulgaridade apenas para obter um, aparentemente, bom caráter, que o torne em um símbolo, um referencial.
Este artifício, recorrente a tais pessoas para adequarem-se às máscaras sociais mais queridas e almejadas popularmente, é facilmente justificável: é cômodo ouvir o que já foi dito, esquivar-se de uma realidade e ter uma trajetória linear de vida, sendo assim desnecessárias grandes manobras para se viver.
Justamente por nos acomodarnos com os incômodos rotineiros, tendemos ao estranhamento de qualquer ideia que desconstrói o lugar-comum, chegando até mesmo a rejeitá-las, pois, citando Caetano Veloso, "Narciso acha feio aquilo que não é espelho". Desta forma, poucos refletem sobre nossas instituições, nosso comportamento e nossos valores, tidos como pilares sociais.
Por tudo isso, é válido vasculharmos os aspectos mais singelos e prosaicos a fim de compreendermos, por exemplo, por quê nos vestimos de uma forma tão parecida; por quê a política é vista como motivo de piada ou com repulsão para tantas pessoas; por quê as escolas não dão maior enfoque humanitário ao invés de serem apenas conteudistas, e em alguns casos, prepararem os alunos única e exclusivamente para o vestibular. Esses questionamentos podem evitar que absorvamos os costumes ao extremo, até o ponto em que o natural e o normal já não se distinguam tanto, senão por uma linha tênue.
Em suma, a cultura da vulgaridade acaba por, mesmo que sorrateiramente, padronizar o homem em uma dimensão ampla, reduzindo-o ao medíocre. E como consequência dessa cultura, surgem os tais "medalhões" que personificam a ostentação pelo luxo e tipificam uma classe intelecto e socialmente estagnada. Trata-se, assim, da receita ideal para a formação de uma legião cada vez menos participativa e mais acomodada, lacaia do poder público.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Diagnóstico escolar

Já há um tempo eu tenho pensado sobre o que nos é transmitido na escola como os "pilares do conhecimento"; coisas que teoricamente são essenciais para conhecermos - nem que seja superficialmente - um pouquinho de diferentes disciplinas, áreas etc. Há um tempo eu me questiono se esses pilares realmente nos acrescentam. E eu não digo isso menosprezando matérias que eu não me identifico, pensando se elas servirão para mim ou não; eu me questiono na busca de entender até que ponto esses pilares serão suficientes para sustentar o nosso caráter.

Eu gostaria de afirmar que apoio a percepção de conhecimento vigente e que me orgulho muito disso, nós seguimos as melhores diretrizes, os melhores métodos. Mas depois de vasculhar, e olha que não foi muito, eu encontrei apenas um sistema falho, incapaz de alcançar a profundidade do homem e enxergar sua aptidão para determinadas coisas. Nós não avaliamos um humano, avaliamos a facilidade que ele tem em aprender o que um dia alguém determinou como os "pilares do conhecimento". E eu só consigo ver isso de uma forma muito triste, muito errada.

Não me orgulho desse conhecimento excludente, não me orgulho do ensino público que não é direito, e sim privilégio, não me orgulho desse método que escolhe como os melhores médicos do país aqueles que entendem de física, matemática, história e não compreendem, necessariamente, a compaixão.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Carro de boi

Eis que eu chego em casa e me deparo com um envelopinho bege, um tanto quanto amassado, por baixo da minha porta. No verso estava escrito:

"Carro de Boi"
Artista: Vanessa Monteiro
Medida: 50 x 60 cm.
Características: óleo sobre tela, manuseado à espátula.

Vendi meu primeiro quadro, e isso me deixou feliz.